Capa de "Blizzard...", de 1980. |
Ozzy Osbourne é, sem dúvida, uma das figuras mais icônicas do mundo da música. Até quem não gosta de rock tem certa simpatia pelo seu “personagem”, afinal esse jeito “muito louco” de ser chama a atenção de muita gente. Mas o que poucos sabem é que essa carreira brilhante do velho madman muitas vezes teve de lhe ser incentivada. Muito do seu sucesso se deve às pessoas que o assessoraram – e o fazem até hoje. Inclusive iniciar a carreira solo.
O MÚSICO
Em 1980, Ozzy já estava consagrado para sempre no mundo da música pela sua gigantesca contribuição junto ao Black Sabbath. Só que ter sido demitido da banda no ano anterior o deixou deprimido e sem vontade de continuar. Sua namorada na época, Sharon Arden (que era filha do empresário do Sabbath), foi quem insistiu em uma carreira solo, assumindo a dianteira dos negócios. Desse ponto em diante, ela seria sua empresária, até os dias atuais.
Ainda assim, o madman não estava à vontade. Conta-se que nos testes para músicos da banda, ele usualmente chegava atrasado (quando chegava), não se interessava em ver os músicos, simplesmente não fazia a menor questão de demonstrar vontade.
Até que apareceu um rapaz franzino pra teste de guitarrista, de nome Randall. Ele pergunta o que deve tocar. “Faz qualquer porra aí”, ele ouve de Ozzy, claramente desinteressado. Randall começa a fazer um improviso, misturando técnicas de violão clássico com heavy metal. Aquilo era muito diferente de tudo o que o madman conhecia. Aquilo chamou sua atenção, e uma “amizade de infância” começou a se instalar ali.
Randall é Randy Rhoads, a quem o próprio Ozzy atribui o sucesso do início de sua carreira como artista solo.
CONTEXTO HISTÓRICO
Bem, eu não vou ficar repetindo toda vez como foi cada década (hehehe!). Lê aí de novo as resenhas anteriores de bandas dessa época:
Então, como eu sei que você abriu esses links e leu as resenhas (hehehe!), já deve ter entendido que qualquer coisa que era novidade na música tinha espaço garantido. Isso veio a calhar para Ozzy, pois o seu mais novo “pupilo” tinha muita coisa diferente para oferecer.
Muito se atribui também o fato de que sua saída do Black Sabbath se deu exatamente porque o madman acreditava que a banda tinha estagnado no tempo. O problema é que o líder do grupo, o guitarrista Tony Iommi, queria seguir as tendências virtuosas da música. Na década de 70, muitas bandas ainda carregavam esse tipo de experimentalismo adiante, como Led Zeppelin, Lynyrd Skynyrd e The Who.
Ozzy, por sua vez, nunca fez reverência a essa linha, preferindo o rock mais “basicão”, como os Beatles (primeiros discos). Obviamente, isso ia de encontro ao que Iommi pretendia para o Sababth, o que ocasionou sua demissão e toda essa a cadeia de fatores que culminaram na brilhante carreira do madman
O DISCO
“Blizzard of Ozz” é a obra prima de Ozzy Osbourne. Em minha opinião, nenhum outro trabalho dele foi tão genial quanto este. E eu penso que nenhum instrumentista que o acompanhou em toda sua carreira foi tão genial quanto Randy neste álbum de estreia.
A primeira música já mostra logo de cara a que Ozzy veio, bem como toda a versatilidade de Randy. Em I Don’t Know, um riff espetacularmente simples, pesado e muito bacana, sob a letra que deixa bem claro pra todo mundo: “... as pessoas me perguntam a quem devem seguir... não me perguntem, porque eu não sei!”.
O disco inteiro faz essa linha: riff poderoso, solos brilhantes, letras divertidas e extrovertidas. Steal Away The Night, No Bone Movies, Suicide Solution e o “classicássimo” Crazy Train são bons exemplo disso.
Destaque também para Dee, (de Randy Rhoads única música instrumental de toda a discografia de Ozzy), Goodbye to Romance (primeira composição dele, sobre os ex-companheiros de Sabbath), e Mr. Crowley, que abre com um indefectível riff de órgão, criado por Don Airey, atualmente tecladista do Deep Purple.
É... ou seja, baixe e se delicie! Só isso!
LISTA DE FAIXAS
1. I Don't Know
2. Crazy Train
3. Goodbye to Romance
4. Dee
5. Suicide Solution
6. Mr. Crowley
7. No Bone Movies
8. Revelation (Mother Earth)
9. Steal Away (The Night)
10. You Lookin' at Me Lookin' at You*
11. Goodbye to Romance (versão)**
12. RR**
* faixa bônus da reedição de Blizzard of Ozz em 2002.
** faixas bônus da reedição de Blizzard of Ozz em 2011.
AVALIAÇÃO 0-10
Nota 9.
OUTRAS REFERÊNCIAS
Link: Kisser, A. “Randy Rhoads, o mago que salvou Ozzy Osbourne”. Disponível em http://colunistas.yahoo.net/posts/7184.html. Acesso em 03/06/2011.
Ótima postagem, Fabião!
ResponderExcluirConcordo c/ vc, tb acho esse o melhor disco do Ozzy e Randy Rhoads, é, p/ mim o melhor músico q o acompanhou. Ele e Sharon (por mais fdp q ela seja) salvaram o madman.
Minha preferida deste disco é Crazy Train - sua abertura e seu riff sã oantológicos. Mas sinto q o ponto do álbum onde está o maior lirismo d Rhoads são nos solos d Mr. Crowley
Uma dúvida Fabião, d quem são as letras? Do próprio Ozzy?
Buli
Fala Fábio!
ResponderExcluirFantástico esse álbum!!
O seu blog tbm está ótimo cara!!!
Parabéns!!
vamos trocar umas ideias blogueiras qq dia desses..
Abraço!!!
Aê Buli, Crazy Train também é a minha rpeferida desse disco! A banda Conselho de Classe tocava esse som aí. Infelizmente, ela está inativa... por enquanto! Só esperando uns "sem-noção-de-nada" pra abraçar a ideia!
ResponderExcluirRespondendo à pergunta: sim, todas as letras são de autoria do madman, que ele credita também a Rhoads e a Bob Daisley, o baixista desse disco. Exceto uma delas, se não me engano é Revelation Mother Earth, que também é creditada a Lee Kerslake, o batera do Ozzy na época. E, claro, Dee, que é só instrumental, de autoria só de Randy Rhoads.
Abraço.
Fala Gustavão!
ResponderExcluirCara, primeiro, muito obrigado por acompanhar o blog. Demorou pra gente trocar uams ideiaseu sei que você escreve um monte de coisa da hora também! A gente tem bastante assunto pra passar a limpo, heheheheh!
Abração!
opa, blzera, valeu pelas respostas Fabião
ResponderExcluire q o CC ache logo uns "sem noção de nada" e volte à ativa c/ Crazy Train e mto mais!
Buli